Calçadas na Duque de Caxias dificultam acesso
O trabalho de alargamento da Duque de Caxias teve início no ano passado.
Em meados do ano passado, a prefeitura de Porto Velho começou o processo de alargamento da rua Duque de Caxias, que agora funciona em mão única, contribuindo para desafogar o trânsito na avenida Carlos Gomes. O trabalho de ampliação da pista da rua Duque de Caxias se estendeu da avenida Jorge Teixeira até a rua Tenreiro Aranha, zona Central de Porto Velho.
Por outro lado, as obras ficaram incompletas e têm causado transtornos aos moradores que estão, desde a paralisação das obras há quatro meses, com as calçadas completamente destruídas, fato que dificulta a locomoção de pedestres e, neste período de chuva, tem impedido o acesso dos moradores.
Além das residências, a rua Duque de Caxias possui muitos pontos comerciais e igrejas, e a grande quantidade de entulho tem prejudicado o movimento de clientes. Os moradores informam que constantemente entram em contato com a prefeitura para que alguma providência seja tomada, mas nunca recebem uma resposta concisa. O engenheiro civil Roberto Passarini, que possui a sua empresa na rua há 34 anos, disse que precisou utilizar-se de recursos próprios para refazer toda a calçada e pontua que a prefeitura realizou o trabalho sem notificar nenhum morador. “Desde que começaram as obras ninguém foi notificado, simplesmente eles já chegaram destruindo tudo. Isso é um desrespeito ao cidadão, além de um crime ambiental, pois havia árvores na calçada. Até o bueiro de esgoto foi destruído e como não posso ficar esperando pela prefeitura tive que pagar do meu bolso para refazer a calçada, mas existem moradores que não têm recursos e precisam de um posicionamento do Município”, mencionou.
Terras foram colocadas na entrada dos imóveis (Fotos: Jota Gomes/Diário da Amazônia)
Moradores fizeram serviço por conta
Já os moradores que não possuem condições financeiras para arcar com a reforma das calçadas estão à espera do ressarcimento por parte do órgão público. É o caso da dona de casa Maria Ferreira: “Eu não posso pagar a construção de uma calçada sozinha e quero que a prefeitura termine o que começou. Tudo bem que o alargamento melhorou o trânsito, mas eles têm que pensar no nosso lado também.” Marlúcia Borges é outra moradora que teve sua calçada destruída e exige que seja tomada uma providência urgente, alegando que quando chove a lama da calçada invade parte da sua residência. “Eu também não tenho condições de pagar para alguém fazer a reforma. Eles quebraram tudo, até a minha lixeira, e foram embora sem comunicar nada. Preciso que façam algo com urgência, pois quando chove a minha casa alaga com a lama”, critica.
Segundo o secretário Diego Andrade Lage, de Obras e Pavimentação, o próximo passo da obra é o asfaltamento da rua Duque de Caxias, que já está programado para acontecer assim que findar as obras de asfaltamento na rua Goianésia, no bairro Jardim Santana. Mas, o serviço complementar de reconstrução das calçadas, Lage disse que precisa averiguar a situação para só então se pronunciar sobre o assunto, provavelmente na semana que vem.
Por Jaylson VasconcelosDIÁRIO DA AMAZÔNIA