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Justiça de SP autoriza nova quebra de sigilo bancário do apóstolo Valdemiro Santiago por dívida

O fundador da Igreja Mundial do Poder de Deus é réu em novo processo por falta de pagamento de aluguel em Carapicuíba, na Grande SP. Segundo a juíza do caso, a quebra de sigilo tem o objetivo de investigar 'eventual confusão patrimonial' entre as contas do pastor e da igreja dele.


A Justiça de São Paulo autorizou novamente a quebra do sigilo bancário do apóstolo Valdemiro Santiago, fundador da Igreja Mundial do Poder de Deus, que é réu em um processo por falta de pagamento de aluguel na cidade de Carapicuíba, na Grande São Paulo.

O proprietário cobra cerca de R$ 241 mil em aluguéis não pagos pela igreja fundada por Valdemiro. A decisão sobre a queda de sigilo do pastor foi tomada pela juíza Rossana Luiza Mazzoni de Faria, da 4ª Vara Cível de Carapicuíba, e tem como objetivo investigar "eventual confusão patrimonial" entre as contas de Valdemiro Santiago e da Igreja Mundial. "O réu Valdemiro Santiago de Oliveira tenha alegado que não possui qualquer relação jurídica com o autor, não se pode ignorar sua participação ativa na Igreja Mundial do Poder de Deus. Assim, oficie-se ao SISBAJUD para quebra do sigilo bancário nos últimos três anos e do INFOJUD para que traga aos autos as três últimas declarações de imposto de renda do pólo passivo", decretou a juíza. O proprietário do imóvel de Guararema pretende que o apóstolo, assim como o atual presidente da igreja, Mateus Machado de Oliveira, sejam responsabilizados pela dívida não paga pela entidade. No processo, o advogado Carlos Alberto Pereira, que representa o dono do imóvel locado, afirma que há indícios de que valores doados pelos fiéis foram "ocultados" nas contas bancárias de Valdemiro. “Restou provado que o Executado utiliza as contas pessoa física de seu representante legal a fim de ocultar o patrimônio, motivo que ensejou o deferimento do incidente”, afirmou Pereira no processo. O G1 procurou os advogados da Igreja Mundial para falar sobre a quebra dos sigilos, mas não recebeu resposta até a última atualização desta reportagem. Outras dívidas Esta não é a primeira vez neste ano que o apóstolo Valdemiro se envolve em problemas judiciais por causa de dívidas da Igreja Mundial. Em 10 de fevereiro, a juíza Monica Di Stasi, da 3ª Vara Cível de São Paulo, também havia autorizado a quebra de sigilo do pastor e de Mateus Machado de Oliveira, em um outro processo que cobrava aluguéis atrasados da igreja na cidade de Guararema, no interior paulista. Para evitar a quebra de sigilo do pastor, a Igreja Mundial do Poder de Deus depositou em juízo mais de R$ 55 mil referentes a aluguéis atrasados. Após o pagamento dos aluguéis atrasados, a igreja pediu à juíza que o autor possa sacar o dinheiro e que o processo fosse extinto, já que perdeu a causa de existir, que era a cobrança do débito. O pastor Valdemiro Santiago, fundador da 'Igreja Mundial do Poder de Deus". — Foto: Divulgação/Igreja Mundial

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  • Justiça determina, pela 2ª vez, que Ministério da Saúde informe se feijão do Pastor Valdemiro Santiago cura Covid-19 'Vida nababesca' No pedido de quebra de sigilo, o advogado do proprietário do imóvel de Guararema, Douglas Dias Marcos, alegava haver "clara conexão e responsabilidade direta" ou "evidente tentativa de fraude e blindagem de patrimônio" de Valdemiro ao tentar se isentar das responsabilidades jurídicas da organização fundada por ele. “Questiona-se como pode o 'representante mor' da organização viver de forma nababesca, acumulando patrimônios, ao mesmo tempo em que 'sua organização' apresenta exponencial crescimento em número de igreja simultâneo a um 'score' de baixíssima credibilidade (98% de possibilidade de inadimplência)", afirmou o advogado. No processo, Mateus Machado e Valdemiro Santiago alegavam, porém, que a dívida era da igreja, e que eles não poderiam ser atingidos pela cobrança: "Valdemiro Santiago não faz parte do contrato social da igreja e nem assinou o contrato de locação como fiador", afirmam os advogados do apóstolo, Felipe Palhares e Flávio Nery.

Por Tahiane Stochero e Rodrigo Rodrigues, G1 SP — São Paulo

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