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Jovem de 19 anos enfrenta doença pela 2ª vez e diz que tem 'muita coisa pra viver'

Dia Mundial do Câncer:Dia é marcado em 4 de fevereiro visando conscientização e controle internacional da doença.

Sávio de 19 anos e a mãe Leidiane Monteiro durante tratamento contra o câncer em Porto Velho — Foto: Jheniffer Núbia/G1

Idas e vindas no ambulatório, várias sessões de quimioterapia, radioterapia e a ansiedade pela espera de receber alta. Esse são alguns dos fatores que fazem parte da rotina de quem luta contra o câncer. O Dia Mundial do Câncer, ou World Cancer Day, é lembrado nesta terça-feira (4). A data tem como objetivo chamar a atenção para as medidas de prevenção e combate à doença.

Sávio Vinícius tem 19 anos e luta, pela segunda vez, contra um câncer no abdômen. A primeira vez que a doença apareceu ele tinha 18 anos.

"A gente tem que enfrentar os problemas da vida. Já que a gente tem uma chance a gente tem que lutar. Sei que tenho muita coisa pra viver ainda", declara Sávio, que mora em Macapá, distante cerca de 1700 km de Porto Velho, onde faz o tratamento no Hospital de Amor da Amazônia.

O processo de quimioterapia do jovem dura cerca de 8h. No caso de Sávio a administração da medicação deve acontecer duas vezes por mês em quatro ciclos [cada ciclo conta-se duas sessões da medicação].

A mãe de Sávio, Leidiane Monteiro, que acompanha o filho no tratamento, conta que o segundo diagnóstico da doença foi uma surpresa para os dois.

"Receber a informação dessa vez foi pior que na primeira, pois em janeiro tinha feito um ano que ele tinha feito o tratamento e estávamos fazendo o acompanhamento de três em três meses. Quando viemos para cá [Porto Velho] preparamos apenas uma mala de mão com a passagem de ida e volta. Não esperávamos chegar aqui e ter que ficar", diz Leidiane, que além de acompanhar o filho também está com a mãe em tratamento contra o câncer.

Nos corredores do Hospital de Amor o G1 também encontrou Joventino Siqueira da Rocha, de 61 anos.

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A irmã de Joventino morreu. Após ele perceber que tinha os mesmo sintomas que ela, logo procurou ajuda de um especialista — Foto: Jheniffer Núbia / G1

A luta contra o câncer no estômago foi travada por Joventino que mora em Ariquemes (RO). Ele diz que logo no primeiro sintoma já procurou a ajuda de um especialista.

"Minha irmã teve um problema em que ela ficou sem fome e logo depois morreu. Assim que notei os mesmos sintomas dela em mim já fui ao médico e ele me encaminhou para fazer uma endoscopia", diz Joventino, que foi submetido a uma cirurgia da retirada do estômago.

Ele segue com o tratamento de quimioterapia em Porto Velho.

Hospital de Amor da Amazônia

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Hospital de Amor da Amazônia em Porto Velho — Foto: Pedro Bentes/ Arquivo/ G1

A unidade fica localizada no km 15 da BR-364, em Porto Velho. Segundo a gerente administrativa, o hospital recebe em média 1,2 mil pacientes por dia. Isso para consultas, procedimentos, cirurgia e internação.

No total de 24.241 exames preventivos foram realizados pelo Hospital de Amor da Amazônia em 2019 e em janeiro deste ano. Desse total, 13.299 foram exames de mamografia e 10.942 de papanicolau.

Das mulheres que fizeram exame de mamografia, 67 foram diagnosticadas com câncer. Já no do papanicolau, nove mulheres tiveram o resultado positivos para a doença.

O hospital dá o suporte em todo o tratamento do paciente, seja em consultas com multiespecialidade como fisioterapeutas e psicólogos. O local tem o funcionamento de 24h somente no setor de emergência, que tem uma equipe de sobreaviso.

Combate

Segundo o cirurgião oncológico, Rafael Brito, os trabalhos começam no momento do diagnóstico e só terminam com a alta do paciente.

"O combate contra o câncer é um termo bem complexo, pois envolve muitas etapas. A luta começa quando os pacientes têm os sinais e sintomas referentes a doença e vai terminar no fim do segmento, que é quando o paciente está de alta do tratamento", explica.

O câncer, segundo o especialista, é definido como uma célula normal do organismo que recebeu algum tipo de modificação durante o ciclo. Na doença as células anormais se dividem e destroem o tecido do corpo.

Quem pode ter câncer?

"Qualquer pessoa. Não há uma característica específica. A gente não consegue definir que todos os tumores tenham a mesma características ou se iniciam na mesma idade. Qualquer um pode ter câncer, isso desde que se enquadre em síndromes hereditárias genéticas ou algum hábito de vida que possa levar a isso", destaca o cirurgião oncológico.

Alguns hábitos que podem ajudar a desenvolver o câncer:

TabagismoObesidadeAlimentação inadequadaExposição a algum tipo de irradiaçãoExposição ao sol sem proteção

O especialista destaca que a prevenção vem da mudança de hábitos. É importante ter autocuidado e isso inclui visitar médicos regularmente.

Por Jheniffer Núbia, G1 RO

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