Em carta a Bolsonaro, Mandetta disse que governo não apoiou orientações do Ministério da Saúde
Em março de 2020, quando o Brasil registrava 114 óbitos, então ministro pediu que o posicionamento adotado fosse revisto para evitar o ‘colapso do sistema de saúde e gravíssimas consequências’
Em seu depoimento na CPI da Covid-19, o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta afirmou que entregou ao presidente Jair Bolsonaro uma carta, no dia 28 de março de 2020, período em que ainda era o titular da pasta, para alertar o chefe do Executivo federal sobre os riscos da pandemia no Brasil. Mandetta pede que o governo “reveja o posicionamento adotado, acompanhando as recomendações do Ministério da Saúde, uma vez que a adoção de medidas em sentido contrário poderá gerar colapso do sistema de saúde e gravíssimas consequências à saúde da população”. À época, o país registrava 3.904 casos da doença e 114 mortes – mais de um ano depois, o Brasil possui 14.779.529 casos e 408.622 óbitos.
Em outro trecho da carta, Mandetta afirma que as orientações e recomendações feitas pelo Ministério da Saúde não receberam apoio do governo federal. “Em que pese todo o esforço empreendido por esta pasta par a proteção da saúde da população e preservação de vidas no contexto da resposta à pandemia do Covid 19, as orientações e recomendações não receberam apoio deste governo federal”, escreveu o então ministro. O depoimento do ex-titular da Saúde ocorre desde às 10h20 desta terça-feira, 4
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