Bolsonaro nega reunião com coronel e a manda falar com Galli
Fernanda diz que pretende disputar para deputada federal, mas presidente diz que Galli é quem decide
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se negou a marcar uma reunião com a candidata derrotada ao Senado na eleição suplementar de 2020, coronel Fernanda (Patriota), para tratar sobre o futuro político dela, nas eleições de 2022.
O pedido para a audiência foi feita pessoalmente por Fernanda, nesta sexta-feira (14), no cercadinho na frente do Palácio do Planalto, em que o presidente costuma conversar com eleitores.
No vídeo que circula nas redes sociais, Bolsonaro aparece chegando ao cercadinho e conversando com os apoiadores. Até que ele chega próximo a coronel. Eles não se cumprimentam.
Fernanda, então, pede uma audiência com ele, que rebate dizendo ter pedido de reunião de pessoas do Brasil inteiro.
Eu não posso garantir ou marcar agenda com ninguém. Eu peço, pelo amor de Deus, compreenda
“Eu não posso garantir ou marcar agenda com ninguém. Eu peço, pelo amor de Deus, compreenda. Tenho que marcar audiência até com a minha esposa em casa”, disse Bolsonaro em vídeo que circula nas redes sociais.
Em seguida, o presidente mostrou seu telefone, dizendo que 155 pessoas aguardavam resposta no WhatsApp. “Não vai ter resposta. O pessoal acha que eu fico no 'zap' o dia inteiro”.
Bolsonaro, então, pergunta a coronel se ela irá se candidatar no ano que vem. Fernanda, por sua vez, responde que aguarda a decisão do presidente.
O presidente questiona qual cargo ela pretende disputar e Fernanda diz que para deputada federal. Bolsonaro jogou a responsabilidade da decisão para o presidente do Patriota em Mato Grosso, Victório Galli.
“Quem manda no partido lá é o Galli. O Galli é meu irmão”, resumiu.
Veja os vídeos:
Disputa ao Senado
Coronel Fernanda chegou a receber o apoio do presidente Jair Bolsonaro na eleição suplementar ao Senado em 2020. Ele afirmava inicialmente ter sido lançada pelo presidente na disputa.
Entretanto, vídeos que vazaram na imprensa mostram que Bolsonaro tentou retirar o apoio a ela poucas horas antes do lançamento oficial da candidatura. Ela chega a implorar, em uma conversa por telefone, para que ele não retire o apoio.
Ao final da campanha, Fernanda obteve 290.548 votos e ficou em segundo lugar.
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