Fundo de desenvolvimento industrial destina R$ 3 milhões para pesquisas selecionadas pela Fapero den
Casca de maracujá na alimentação de vacas leiteiras, além da qualidade da água na bovinocultura e fitopatologia contra brocas do cafeeiro. São apenas alguns itens relacionados em 18 propostas de pesquisas, das quais, cinco serão escolhidas para obter financiamento do Fundo de Investimentos de Desenvolvimento Industrial de Rondônia (Fider) no prazo de um mês.
O Fider é administrado pelo Conselho de Desenvolvimento do Estado de Rondônia (Conder), com interveniência da Superintendência Estadual de Desenvolvimento Econômico e Infraestrutura (Sedi).
O fomento à pesquisa nas ciências agrárias soma R$ 600 mil. Já a aplicação de recursos no Programa de Inovação Tecnológica (Agritec) na piscicultura totaliza R$ 2,59 milhões, unindo interesses comuns da ciência e da sociedade consumidora.
A aplicação de recursos do Fider em estudos da piscicultura será desenvolvida em duas parcelas, sendo a primeira delas ainda em 2019.
“A maioria das pesquisas visa a qualidade do produto pesqueiro, por exemplo, e o seu consumo, razão pela qual, sanidade animal e saúde pública caminham juntas”, disse o diretor científico da Fundação de Amparo ao Desenvolvimento das Ações Científicas e Tecnológicas e à Pesquisa do Estado de Rondônia (Fapero), Andreimar Soares.
As propostas feitas por instituições de Porto Velho e do interior do Estado serão analisadas técnica e cientificamente por pesquisadores de reconhecida competência, todos de outros estados.
Para o Agritec concorrem oito pesquisas da Embrapa, Unir e Idep, em Porto Velho; cinco da Unir, em Rolim de Moura; quatro da Unir, em Presidente Médici; e uma do IFRO, em Colorado do Oeste.
ÁREAS CONCORRENTES
– Recursos florestais – Ovinocultura – Manejo de adubações – Qualidade da água na bovinocultura – Diagnóstico de enfermidade animal – Manejos de solo – Cadeia produtiva do café – Fitopatologia contra a broca do cafeeiro – Melhoramento da qualidade do leite – Produção avícola – Pastagens – Piscicultura – Casca de maracujá na alimentação de vacas leiteiras
Ruminantes têm como fonte da alimentação básica às pastagens cultivadas e naturais/nativas que apresentam produção reduzida de matéria vegetal em épocas secas. No entanto, segundo pesquisadores, possuem a capacidade de transformar resíduos vegetais em nutrientes para a sua própria utilização.
Toda essa transformação se dá no rúmen, onde os microorganismos decompõem a matéria bruta e sintetizam nutrientes que, no final irão beneficiar o animal, aumentando, dessa forma, a produção de carne ou leite.
Em termos de frutas tropicais, se esmagadas, casca e sementes do maracujá (Passiflora sp) oferecem uso potencial como alimento para animais.
TAMBAQUI, PRIORIDADE
Serão analisadas 16 propostas para inovações em piscicultura. Cinco são oriundas da Fiocruz, Unir e Idep em Porto Velho; sete da Unir em Presidente Médici; três da Unir, em Rolim de Moura; e uma do IFRO, em Vilhena.
“A piscicultura valorizada com arranjos produtivos locais se fortalece no caminho certo; o ganho é do desenvolvimento dessa atividade e também da saúde do consumidor, inclusive das famílias produtoras”, destacou Andreimar Soares.
Ao tambaqui se direcionam diversas pesquisas:
– Estudo de bactérias patogênicas – Conhecimento da microbiota intestinal do tambaqui – Estudos dos anti-helmínticos usados na piscicultura – Qualidade sanitária e nutricional do pescado – Cultivo de peixes em sistema de recirculação – Monitoramento da qualidade da água e da ictiofauna – Prevalência de microorganismos na água e no tambaqui – Controle anti-parasitário – Manejo sustentável de piscicultura em tanque escavado e tanque verde – Mapeamento da fauna parasitária em tambaquis – Prospecção de agentes anti-parasitários – Defensivos agrícolas na produção de tambaquis
Fonte Texto: Montezuma Cruz Fotos: Arquivo Secom Secom - Governo de Rondônia