Irmão diz que jornalista morto não tinha inimigos; polícia investiga

O empresário Guto Ferraz afirmou que seu irmão, o jornalista Marcelo Ferraz, morto a pedradas neste fim de semana em Cuiabá, não tinha inimizades.
Segundo ele, não há nenhum fato que poderia levantar suspeitas sobre o assassinato.
“Ele não tinha nenhuma inimizade, nunca ouvi falar nada disso. Pelo contrário, tanto que no enterro dele estava cheio de amigos”, afirmou.
Marcelo estava desaparecido desde a noite de sábado (28) e foi encontrado morto na tarde de segunda-feira (30) em um terreno baldio aos fundos no restaurante MC Donald’s, na região do Bairro Bosque da Saúde.
Guto contou ao que a família não tem suspeitas de quem poderia ter cometido o crime.
“A Polícia é quem vai ter que dar uma resposta para sociedade, que quer saber. Nós mesmo não suspeitamos de nada. Essa questão de apedrejamento, nós sabemos que aconteceu, porque no momento os peritos disseram que havia marca de pedra na cabeça, que chegou a quebrar o crânio do meu irmão”, disse.
A polícia é quem vai ter que dar uma posição para sociedade que quer saber. Nós mesmo não suspeitamos de nada.
“Nós recebemos a notícia com muita tristeza. Foi uma fatalidade muito grande. A minha mãe está muito abalada, triste...”, disse.
“Menino nota 10”
Marcelo Ferraz era jornalista formado pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) em 2013.
O irmão conta que ele tinha uma relação estreita e de paz com pais, com quem morava no Bairro Jardim Aclimação, em Cuiabá.
“Marcelo morava no apartamento com meus pais. Ele tinha uma relação muito estreita com a literatura, tinha seis livros publicados, era uma pessoa muito boa, um irmão carinhoso, obediente aos pais. Menino nota 10”, disse.
Em 2017, ele ganhou o Prêmio Mato Grosso de Literatura com o livro "O Assassinato na Casa Barão".
O jornalista havia abandonado as redações e se dedicado a escrever artigos e a passar no exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), pois acabara de se formar no curso de Direito.
Enterro
Marcelo Ferraz foi enterrado na manhã desta terça-feira (1), no Cemitério Recanto da Paz, em Várzea Grande. A família optou por não realizar o velório devido o tempo da morte e do encontro do corpo.
Após ser encontrado, o corpo foi liberado pelo Instituto Médico Legal (IML) apenas na manhã de hoje.
“Na verdade, hoje nós nem pudemos abrir o caixão porque na verdade ele morreu de sábado para domingo, e ficou a madruga de sábado, todo domingo, e encontrado apenas na segunda-feira nesse terreno baldio morto já”, disse.
Conforme a Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), o exame de necropsia apontou que Marcelo morreu em decorrência de um traumatismo craniano.
A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) investiga o caso.
https://www.midianews.com.br