Dois investigados na Operação Terra Protegida em RO continuam foragidos
Dois investigados na Operação Terra Protegida continuam foragidos. A ação foi deflagrada pela Polícia Federal (PF) na última terça-feira (17) com objetivo de combater a grilagem e desmatamento dentro do Parque Nacional do Pacaás Novos e na Terra Indígena Uru-Eu-Wau-Wau, na região de Nova Mamoré (RO), fronteira do Brasil com a Bolívia.
Terras indígenas são alvo de invasões e loteamento em Rondônia
Ao todo foram expedidos quatro mandados de prisão preventiva, mas somente duas prisões foram efetuadas, em Buritis (RO).
Segundo a PF, uma das prisões que está em aberto deveria ter sido feita em Campo Novo de Rondônia.
Também foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão e oito de sequestro e indisponibilidade de bens.
Os mandados foram expedidos pela Justiça Federal de Guajará-Mirim. Os nomes dos envolvidos na organização criminosa não foram divulgados pela Polícia Federal.
Investigações
A apuração policial descobriu a existência de uma organização criminosa formada por grileiros, advogados e topógrafos, especializados em invadir, desmatar e queimar a floresta nativa no interior do Parque Nacional do Pacaás Novos e Terra Indígena Uru-Eu-Wau-Wau.
Segundo a PF, "por meio de um discurso falso de regularização fundiária e a criação de associação de produtores rurais, os líderes do grupo recrutaram pessoas para invadir e demarcar lotes no interior das reservas. Em seguida, os investigados desmataram e queimaram grande parte da vegetação nativa na localidade onde seria instalada uma vila".
Durante a investigação, o grupo ameaçou servidores dos órgãos de fiscalização, como o Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), e agentes públicos de segurança.
Por G1 RO