VAI PIORAR: Rondônia perde 144 médicos cubanos do programa Mais Médicos
Em vários municípios do estado, a população ficará sem assistência de saúde
O estado de Rondônia deve perder 144 médicos cubanos do programa Mais Médicos. O governo de Cuba anunciou na quarta-feira(14) da semana passada, que decidiu sair do programa, citando as "referências diretas, depreciativas e ameaçadoras" feitas pelo presidente eleito Jair Bolsonaro à presença dos profissionais cubanos no Brasil.
Os profissionais do país caribenho começaram a chegar ao estado em setembro de 2013. E, segundo a Secretaria Estadual de Saúde, estão distribuídos em diversas regiões do estado de Rondônia.
Atualmente, 46 municípios são assistidos pelo programa. São eles: Cabixi, Cacoal, Cerejeiras, Colorado do Oeste, Corumbiara, Costa Marques, Espigão do Oeste, Guajará Mirim, Jaru, ji Paraná, Machadinho do Oeste, Nova Brasilândia do Oeste, Ouro Preto do Oeste, Pimenta Bueno, Porto Velho, Presidente Médici, Rio Crespo, Rolim De Moura, Santa Luzia Do Oeste, Vilhena, São Miguel Do Guaporé, Nova Mamoré, Alto Alegre Dos Parecis, Alto Paraiso, Buritis, Novo Horizonte Do Oeste, Cacaulândia, Campo Novo De Rondônia, Candeias Do Jamari, Castanheiras, Chupinguaia, Cujubim, Governador Jorge Teixeira, Itapuã Do Oeste, Mirante Da Serra, Monte Negro, Nova União, Parecis, Primavera De Rondônia, São Francisco Do Guaporé, Seringueiras, Teixeiropolis, Theobroma, Urupá e Vale Do Paraiso.
Diante do aviso, alguns profissionais chegaram a ir para casa durante o dia no aguardo de novas orientações. Mas, enquanto as passagens de avião não são enviadas, eles devem permanecer trabalhando. Há cidades do interior rondoniense onde os cubanos são essenciais. Em várias cidades, boa parte do quadro de médicos é compostas pelos profissionais estrangeiros.
O Programa Mais Médicos desde o início conta com profissionais da área de saúde vindo de diversos países. Quase 20 mil médicos cubanos já atenderam 113,5 milhões de brasileiros, segundo o Governo Federal.
Em diferentes ocasiões durante sua campanha eleitoral, Bolsonaro anunciou que suspenderia esse programa com a Organização Pan Americana de Saúde, instituição cubana que gerencia o envio de médicos para diversos países.
Bolsonaro afirmou também que seu governo contrataria individualmente médicos cubanos que desejassem permanecer no Brasil.
RONDONIAOVIVO/PAULO BESSE