Mais de 40 mil pessoas ficam sem água em Guajará-Mirim
Desabastecimento em Guajará-Mirim foi por causa do corte da Caerd.

Os de 40 mil moradores ficaram sem água desde a manhã da última quinta-feira (19) depois que o prédio da Estação de Captação e Tratamento da Companhia de Águas e Esgotos do Estado de Rondônia (Caerd) teve o fornecimento de energia elétrica cortado por falta de pagamento em Guajará-Mirim (RO), a 330 quilômetros de Porto Velho.
Outros dois prédios da Caerd também tiveram a energia cortada. Ainda na quinta-feira, 19, o órgão emitiu uma nota à imprensa explicando que o corte da energia aconteceu por falta de pagamento e que não havia previsão para que o fornecimento fosse normalizado, mas que estava fazendo esforços para resolver o problema. A nota também afirmou que sem a energia não seria possível atender a demanda da distribuição e orientou os moradores a conservarem e evitarem o desperdício da água.
Procurada pela reportagem na sexta-feira (20), a chefe da Caerd no município, Creuzelina Ribeiro, explicou que uma liminar da Justiça determinou a religação da energia dos prédios e que o fornecimento de água em todos os bairros da cidade seria normalizado até o final da tarde de ontem.
“A Caerd entrou com uma ação na Defensoria Pública e conseguiu através de uma liminar judicial que a energia seja religada imediatamente. Assim que a energia for religada, o fornecimento de água volta ao normal”, declarou a servidora.
Eletrobrás O G1 também entrou em contato com a assessoria de comunicações da empresa responsável pelo fornecimento de energia elétrica, a Centrais Elétricas Brasileiras S.A. (Eletrobras), para saber o posicionamento da falta de água. Segundo a assessoria, houve uma proposta feita pela Caerd e as empresas chegaram a um acordo para renegociar a dívida; o valor da conta não foi divulgado.
Moradores A população foi pega desprevenida com a situção e muitas famílias ficaram sem água até para tomar banho, além de serviços domésticos como lavar louças e roupas.
O autônomo Sérgio Chagas, morador do Bairro Jardim das Esmeraldas, diz que foi pego de surpresa e que recorreu a uma parente que mora em outro bairro para tomar banho.
“Meu irmão tem poço na casa dele e fui até lá para poder banhar. Complicado para a população, o maior prejudicado é o morador que paga as contas em dia e ainda tem que passar por isso”, desabafou.
A dona de casa Flávia Amaral, moradora do Bairro Serraria, conta que ela e o filho tiveram que racionar a água que ainda tinham na caixa, pelo menos até que o fornecimento seja totalmente normalizado.
Por G1 RO