Membro do PCC, criminoso alegou dor nas costas para ir à UPA
Apesar da ação armada, bandidos não conseguiram resgatar o detento José Edmilson Bezerra Filho

O presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários de Mato Grosso, João Batista Pereira, acredita que o criminoso José Edmilson Bezerra Filho forjou estar com dores para ser levado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA), da Morada do Ouro, com objetivo de ser resgatado por comparsas.
Na ocasião, os criminosos trocaram tiros com os agentes penitenciários e cinco pessoas ficaram feridas. Apesar da ação dos comparsas, o bandido não foi resgatado. O caso ocorreu na tarde de terça-feira (13).
José Edmilson está preso no Centro de Ressocialização da Capital MT (CRC). Conforme João Batista, ele é membro da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) e tem passagens por assalto, tráfico de drogas e homicídio.
Eu particularmente acredito que ele fez isso aí sabendo de tudo que ia acontecer. Ele disse que não tinha conhecimento, que os bandidos que lá foram, foram para tentar executar ele. Mas, em nenhum momento os tiros foram direcionados a ele
“Eu particularmente acredito que ele fez isso sabendo de tudo que ia acontecer. Ele disse que não tinha conhecimento, que os bandidos que lá foram, foram para tentar executá-lo. Mas em nenhum momento os tiros foram direcionados a ele. Enfim, há duas versões. Tudo será investigado”, disse.
Conforme o sindicalista, o criminoso alegou fortes dores nas costas. Por conta do feriado de Carnaval, não havia médicos na unidade. Os agentes então fizeram o deslocamento dele até a UPA. Lá foi avaliado e, em seguida, liberado.
“Geralmente tem médico três, quatro vezes por semana no CRC. Ontem, por causa do feriado, não tinha ninguém. Mas, talvez, o que tenha faltado aí foi um pouco mais de controle com relação a informações importantes, como o grau de periculosidade do envolvido. Isso tem que ser melhorado para quando o servidor, ao sair com um preso, se atenha mais à segurança”, pontuou João Batista.
Na manhã desta quarta-feira (14), a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) determinou reforço das polícias Militar e Civil para a prisão dos criminosos.
O caso
Segundo João Batista Pereira, uma equipe do SOE (Serviço de Operações Especiais) do Sistema Prisional estava chegando com o preso para o atendimento, quando foi cercada por dois veículos.
Neste momento, os ocupantes dos dois carros desceram com armas pesadas, dando início a uma troca de tiros.
Ficaram feridos o agente prisional Dirley de Pinho Pedro, de 34 anos, com dois tiros na perna; a enfermeira Rosemeire Sousa da Silva, de 51, com um disparo na perna; o bebê V.H.C.M., com perfuração nas costas e mão; além de duas pessoas identificadas como Estefani Camargo Santos, 22, que é mãe da criança e recebeu um tiro no braço esquerdo, e Dayane da Silva Romão, 33, atingida no tórax.
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