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Chineses querem comprar a Usina Elétrica de Belo Monte, no Pará


Empresas do país asiático, que já fizeram investimentos bilionários no setor de energia no Brasil, estão interessadas na hidrelétrica em construção no Rio Xingu, no Pará. Usina será a 3ª maior do mundo quando as obras forem concluídas

 

As empresas chinesas continuam de olho no setor elétrico brasileiro. O novo alvo é a Usina Hidrelétrica de Belo Monte, terceira maior do mundo, ainda em construção, no Rio Xingu, no sudoeste do Pará. Embora a negociação não tenha sido oficialmente confirmada pelas empresas acionistas consultadas pelo Correio — entre elas, a estatal Eletrobras, que detém 49,98% de participação, a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e a Vale, além dos fundos de pensão Petros, dos funcionários da Petrobras, e Funcef, dos servidores da Caixa Econômica Federal —, a expectativa é que a venda ocorra nos próximos meses. Empresas como State Grid e China Three Gorges (CTG) são algumas das possíveis interessadas na compra, caso o consórcio Norte Energia, responsável pela coordenação e pela construção da hidrelétrica, decida, de fato, vender a usina. No Brasil há cerca de cinco anos, as chinesas têm feito investimentos intensos no setor elétrico. A CTG, sozinha, investiu mais de R$ 15 bilhões desde que chegou ao país, em 2013. Só nos últimos três anos, a empresa comprou as hidrelétricas de Salto, Garibaldi, Jupiá e Ilha Solteira, além de metade dos projetos de construção das usinas de Santo Antônio do Jari e de Cachoeira Caldeirão. A empresa adquiriu também um terço da Hidrelétrica de São Manoel.

Também interessada no setor elétrico, a chinesa State Grid, no Brasil desde 2011, adquiriu, por R$ 5 bilhões, 51% da participação no consórcio IE Belo Monte. Responsável pela construção da segunda linha de transmissão da usina, a empresa asiática conseguiu, este ano, o controle acionário da CPFL Energia, ao comprar 54,64% de participação nas ações, por R$ 14 bilhões. Sobre a possibilidade de negociação de Belo Monte, a State Grid afirmou “não ter comentários sobre o assunto”. Já a CTG Brasil disse que “não comenta rumores de mercado”. Segundo a publicação Investimentos Chineses no Brasil 2014-2015, divulgada em novembro pelo Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC), os investimentos do país asiático no Brasil cresceram de US$ 2 bilhões (mais de R$ 6 bilhões, em dólares atuais), em 2014, para US$ 9,4 bilhões no ano seguinte, o que equivale a cerca de R$ 30 bilhões. A usina hidrelétrica de Santo Antônio, na Região Norte, também deve ser vendida para uma empresa chinesa nos próximos meses. A SPIC tem competido com a canadense Hydro Quebec pela usina. O interesse dos chineses pode coincidir com a necessidade dos fundos de pensão de fazerem caixa (veja matéria abaixo). Detentora de 10% das ações de Belo Monte, a Funcef negou a existência de diálogo ou decisão sobre venda da usina. A Petros, que detém outros 10%, também não confirmou a negociação. “A Petros não comenta operações de investimentos, por se tratar de uma questão estratégica. Cabe destacar que oportunidades de investimentos e desinvestimentos são sempre avaliadas em busca de segurança e da melhor rentabilidade para o patrimônio dos participantes”, disse a fundação, em nota. Procurada pelo Correio, a Norte Energia, concessionária da usina, preferiu não se manifestar.

Histórico

Em janeiro, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou a hidrelétrica de Belo Monte a iniciar a operação comercial da décima unidade geradora. Atualmente com 10 turbinas em funcionamento e 2.677 megawatts de capacidade instalada, a usina, prevista para ter as obras finalizadas nos próximos dois anos, tem orçamento estimado em R$ 25,9 bilhões, dos quais R$ 22,5 bilhões foram financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Ela foi responsável por 21% do aumento da capacidade instalada para geração de energia elétrica no Brasil em 2016, segundo a Aneel. Leiloada em 2010, por R$ 25,8 bilhões, e inaugurada em 2015, Belo Monte deve ser concluída em 2019. A capacidade final instalada será de 11.233 megawatts, suficiente para atender 60 milhões de pessoas em 17 estados, o que representa cerca de 40% do consumo residencial de todo o país.


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