Cacau clonal é a aposta para alavancar a cultura em Rondônia

O cacau clonal é resultado de pesquisas realizadas na Ceplac da Bahia que passou a ser plantado e cultivado em outros estados

Com 5,2 mil toneladas colhidas em 2016, em uma área plantada de 11,5 hectares, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Rondônia tenta voltar a ser destaque na produção de cacau. A Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac) implementa o Projeto de Revitalização da Cacauicultura, objetivando impulsionar a produção de cacau no Estado, que já esteve em 40 mil hectares de áreas plantadas.

O trabalho de revitalização da cacauicultura, conforme informou Nemézio Guedes Brandão, superintendente adjunto da Ceplac, se baseia na utilização do cacau clonal, geneticamente mais produtivo e mais resistente à vassoura de bruxa, que na década de 90 praticamente inviabilizou o plantio de cacau no Estado. O cacau clonal é resultado de pesquisas realizadas na Ceplac da Bahia que passou a ser plantado e cultivado em outros Estados, dentre os quais Rondônia.

Outra característica do cacau clonal destacada pelo superintendente adjunto da Ceplac é que a colheita pode ser feita em tempo menor que o cacau convencional. É nos municípios de Jaru, Ouro Preto do Oeste e Ariquemes que está concentrada a maior produção de cacau em Rondônia. Mas a lavoura está presente em praticamente todos os municípios. “Depois de um período de desânimo, a produção de cacau está sendo retomada com força total”, disse Nemézio Brandão, acrescentando que o governo Estadual e as prefeituras têm firmado parceria com a Ceplac, por meio de acordos de cooperação técnica, fundamentais para o segmento da cacauicultura rondoniense. A tecnificação da cacauicultura garante mudanças que contribuem para melhorar a produção de cacau.

A inovação tecnológica que a Ceplac vem aplicando na cacauicultura do Estado é baseada na adoção de novas práticas de manejo por conta do uso do cacau clonal, objetivando garantir maior produtividade nas lavouras com custo de produção minimizado. “São cultivares de cacaueiros já registradas no Registro Nacional de Cultivares do Ministério da Agricultura, que apresentam baixos índices de defeitos agronômicos e com características vantajosas”, acentua Nemézio Brandão, explicando que são cultivares reproduzidas de forma assexuada, por meio da clonagem. Segundo ele, as lavouras cacaueiras formadas por meio de mudas enxertadas permitem a uniformidade do plantio. Além disso, o balanceamento de solos permite a redução considerável do custo de produção. “A tecnologia está à disposição dos produtores”, concluiu o superintendente adjunto da Ceplac em Rondônia.

Por RedaçãoDIÁRIO DA AMAZÔNIA

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