Suspensão da compra de carne por Hong Kong atinge mercado de Rondônia

A suspensão da compra da carne bovina brasileira por Hong Kong já atingiu o mercado de Rondônia (RO). A suspensão foi anunciada na terça-feira (21), após problemas apontados na Operação Carne Fraca, deflagrada na sexta-feira (17) pela Polícia Federal (PF). Segundo os frigoríficos de Rondônia, Hong Kong era o maior comprador da carne do estado e, com a interrupção da exportação, as escalas de abate já foram reduzidas em 40%.

Hong Kong suspendeu temporariamente a importação de carne bovina brasileira, nesta semana devido aos indícios de irregularidades encontradas nos produtos e venda de carne vencida e estragada, durante operação da PF.

Conforme o governo do estado, Hong Kong é o maior comprador do estado, seguido da Rússia e Egito. A média é de 200 mil animais abatidos por mês em Rondônia, mas as escalas de abate de gado já foram reduzidas em 40% por causa da suspensão na exportação.

Em entrevista à Rede Amazônica, o secretário de agricultura, Evandro Padovani, disse que a carne bovina é importante para a economia do país.

"Toda a economia não só de Rondônia, mas de todo o Brasil. Nós precisamos do agronegócio e a cadeia produtiva da carne a nível de estado e a nível Brasil é o que puxa a alavanca comercial. E é o recurso que gira dentro do estado, dentro dos municípios", disse.

As autoridades já se reuniram e estão em campanha com o objetivo de mostrar aos consumidores do estado e para os 40 países importadores, que a carne é de origem tem sanidade garantida.

Segundo o presidente da Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado de Rondônia (Idaron), Anselmo de Jesus, a qualidade do rebanho já está sendo comprovada com qualidade.

"Hoje nós exportamos carne in natura, e se você for ver nós não tivemos nenhum problema. Nós estamos passando pelo crível do Polícia Federal (PF) e pelo crível do Ministério Público (MP-RO) e está tudo comprovando a qualidade que tem hoje a inspeção do nosso rebanho", declara Anselmo.

A Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (Fiero) também defende o consumo interno e externo no estado. O superintendente da Fiero, Gilberto Baptista, diz que os principais problemas foram encontrados em produtos embutidos.

"O que aconteceu nos frigoríficos do país são a questão de carne processadas, aquela carne que recebe algum condimento com conservantes que não é o caso de Rondônia. O estado não trabalha com esse tipo de alimento. A nossa carne sai daqui tanto para o mercado interno como para o mercado externo, in natura, os seja, congelado mas sem nenhum conservante. Então quer seja aqui em Rondônia, quer seja em qualquer lugar do Brasil ou do Mundo, a carne de Rondônia tem qualidade, isso nós podemos atestar sem dúvida nenhuma”, relata Gilberto.

A carne bovina está em primeiro lugar na exportação no estado de Rondônia e em segundo vem a soja. No mês de janeiro e fevereiro deste ano, metade de tudo o que foi exportado no estado foi de carne bovina.
 

 

 
Fonte original: g1 rondonia

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