Estudo mostra que correr melhora a atividade cerebral

Estudo desenvolvido por pesquisadores americanos com jovens entre 18 e 25 anos mostra que a atividade pode estimular a conectividade neural


Milhares participam da São Silvestre, em São Paulo: cientistas acreditam que futuros estudos poderão apontar a corrida como fator de prevenção de doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer


Quem pensa em correr para manter a forma acaba de ganhar mais uma motivação: o esporte pode melhorar a conectividade neural, atividade cerebral que beneficia funções cognitivas como, por exemplo, a memória. Pesquisadores americanos descobriram, por meio de varreduras realizadas com ressonância magnética, que o cérebro de corredores é mais “ativo” do que o de indivíduos sedentários. Os autores do estudo, publicado na revista internacional Frontiers in Human Neuroscience, acreditam que mais testes são necessários para detalhar a constatação, mas consideram que os resultados vistos apontam a corrida como uma opção preventiva a problemas neurodegenerativos, como o Alzheimer.
 

 

 
Os pesquisadores se inspiraram em estudos anteriores, que ligaram exercícios físicos à ativação cerebral. “Um dos motivos que nos impulsionou foi a recente proliferação de trabalhos, realizados nos últimos 15 anos, que mostraram como o esforço físico pode ter um impacto benéfico ao cérebro. Mas a maior parte desses estudos foi feita em adultos mais velhos”, explicou, em um comunicado à imprensa, Gene Alexander, professor de psicologia na Universidade do Arizona, nos Estados Unidos, e um dos autores da pesquisa científica.
 

 

 
Pela falta de dados em populações mais novas, os cientistas resolveram realizar o experimento em pessoas com idade entre 18 e 25 anos e com características semelhantes, como índice de massa corporal e níveis educacionais. “Não só estamos interessados no que está acontecendo no cérebro de adultos jovens, mas sabemos que existem atividades feitas ao longo de sua vida que podem afetar o seu corpo, de acordo com a idade. Por isso, é importante entender o que está acontecendo no cérebro dessas pessoas mais jovens”, justificou o autor.
 

 
Comparação
 

Alexander e sua equipe compararam os exames de ressonância magnética de um grupo de corredores de cross country masculino — espécie de corrida de atletismo que é feita em um terreno rural, com obstáculos naturais — com os exames de jovens adultos do mesmo sexo que não tinham se envolvido em qualquer tipo de atividade atlética durante pelo menos um ano.

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